Na restauração florestal há um esforço contínuo de manipulação de filtros para se chegar à condição desejada, sendo que o dossel pode atuar como um filtro para as espécies que tentam se regenerar, devido a sua influência no regime de luz do sub-bosque. Desta forma, esse estudo teve como objetivo avaliar o uso de imagens hemisféricas como ferramenta para mensurar a abertura do dossel em áreas restauradas, com o propósito de subsidiar ações de manejo adaptativo. Para a mensuração da abertura de dossel, foi utilizado um smartphone Quantum Go com câmera de 13 megapixels acoplado a uma lente “fisheye”, de 8 mm e com abertura de 180º. Após a coleta, as imagens foram processadas no software Gap Light Analyzer (GLA). A partir do processamento das imagens, notou-se que a abertura média do dossel da área foi 16,78%, variando de 12,28% a 21,70%, evidenciando o fechamento do dossel. De posse dos resultados, foram determinadas três classes de abertura: C1=10 a 20%, C2=21 a 30% e C3=31 a 40%. O uso de fotografias hemisféricas, como metodologia para a mensuração da abertura do dossel, mostrou-se tecnicamente viável e econômica, podendo ser usadas no planejamento de estratégias de manejo adaptativo visando a abertura do dossel.