Última alteração: 2023-09-13
Resumo
Conhecer os direcionadores de aumento da biomassa é peça chave na busca por mitigação das mudanças climáticas. Assim, objetivou-se analisar e atualizar os dados sobre os estoques de biomassa da Floresta Atlântica brasileira, e verificar quais direcionadores explicam o armazenamento no bioma. Para este estudo compilou-se um banco de dados que incluí 35 artigos publicados na Floresta Atlântica e que informam dados de biomassa, altitude, tamanho da floresta, estágio sucessional e variáveis climáticas (precipitação e temperatura). A biomassa na Floresta Atlântica variou de 38,9 a 431,4 Mg ha-1. Os estoques foram altamente variáveis ao longo do bioma e dependentes do estágio de sucessão, com as florestas maduras apresentando em média 267 ± 85,8 Mg ha-1, e as florestas secundárias de 175,6 ± 81,3 Mg ha-1. Dos possíveis direcionadores analisados, verificou-se que a precipitação e o estágio sucessional explicou positivamente a biomassa armazenada. Nossa pesquisa demonstra o potencial da Floresta Atlântica em armazenar biomassa, e confirma a importância da conservação do hotspots para a manutenção dos serviços ecossistêmicos de regulação e mitigação das mudanças climáticas.