Florestas secundárias passam por diversos processos de mudança na estrutura e vegetação até atingirem a maturidade. O estudo da dinâmica florestal, juntamente com os fatores que influenciam essas mudanças, é essencial para avaliar o potencial de recuperação dessas florestas. A topografia exerce influência na composição e distribuição das espécies, alterando, consequentemente, as taxas de dinâmica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a dinâmica de uma floresta secundária localizada em um gradiente topográfico. As mudanças estruturais foram analisadas por meio da comparação de dois inventários realizados em parcelas permanentes (30 unidades amostrais de 20 x 50 m, alocadas sistematicamente na floresta) nos anos de 2019 e 2022. Todos os indivíduos arbóreos com diâmetro a 1,30m do solo ≥ 10 cm foram amostrados, medidos e utilizados para calcular as taxas de recrutamento e mortalidade, a fim de avaliar as mudanças de acordo com o nível de altitude das parcelas. Os resultados mostraram taxas de recrutamento mais altas na classe 3 (1,058% ao ano) e mais baixas na classe 1 (1,046% ao ano), correspondentes às altitudes mais altas e mais baixas, respectivamente. Essas taxas indicam um crescimento da floresta e a entrada em um estágio intermediário de sucessão.